sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Na idade da pedra.





E Deus disse: faça-se a luz...

E logo em seguida criou os professores. E tudo para que a humanidade pudesse caminhar com a certeza de que o conhecimento seria perpetuado sobre a face da Terra. E assim, definitivamente o é. E por muitos anos, e por que não dizer séculos ou milênios, esse ser teve um papel importantíssimo e divino. 
Muitas vezes, a própria história nos conta, foi motivo de riqueza e prestígio. Mas os tempos mudam. E o conhecimento passou a ser perpetuado através dos livros, nas grandes bibliotecas, nos grandes centros de estudo e universidades. Ainda hoje temos o deus Google ou a wikipedia que perpetuam ainda mais os conhecimentos.
Mas uma coisa, nesse passar de tempo, não mudou. É a figura do mestre, do professor. Aquele ser sábio que sempre tem um jeitinho especial de compartilhar o seu conhecimento; que sabe falar para aqueles que sabem e os que precisam aprender. Que procuram inúmeras alternativas e estratégias para explicar a mesma coisa a diferentes necessidades.
Mas é preciso, para que essa profissão continue existindo, que os professores passem a ser valorizados pela sua contribuição para a sociedade. E mais, os professores precisam se respeitar como classe pensante que sabe a necessidade do diálogo para resolver questões simples ou complicadas.
Já nos dizia Paulo Freire, “(…) O preparo científico do professor ou da professora deve coincidir com sua retidão ética. É uma lástima qualquer descompasso entre aquela e esta. Formação científica, correção ética, respeito aos outros, coerência, capacidade de viver e aprender com o diferente, não permitir que nosso mal-estar pessoal ou a antipatia com relação ao outro nos façam acusá-lo do que não fez são obrigações a cujo cumprimento devemos humilde mas perseverantemente nos dedicar.
E não só interessante mas profundamente importante que os estudantes percebam as diferenças de compreensão dos fatos; as posições às vezes antagônicas entre professores na apreciação dos problemas e no equacionamento de soluções. Mas é fundamental que percebam o respeito e a lealdade com que um professor analisa e critica a postura dos outros.”
Esse trecho, extraido do livro Pedagogia da Autonomia, nos mostra o quanto alguns professionais excluem-se da ética que deveriam ter para trabalhar com educação. Vivemos em uma sociedade que vê a tudo e a todos e, por mais que seja doloroso para alguns, sabemos tudo o que acontece.
Sabemos em tempo real das guerras, porque não saberíamos de outras tantas coisas ruins que o homem sem caráter criou e cria a todo o momento? E tudo justificado, mesmo que não tenha justificativa. O importante é imaginar que tapeia a tudo e a todos, num descaso visível a respeito da educação. 
E educação aprendemos todos os dias e em todos os lugares. Seja no momento de acordar, aprendendo a escovar os dentes, ou no momento de ir á escola, aprendendo que não se deve andar com o carro em cima da calçada, e sim, na rua.
E por ai vai...

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