Quando chega o momento da separação neste mundo, onde alguém que amamos é chamado para continuar sua jornada no outro plano, muitas vezes demora pra gente entender o que está acontecendo.
A falta física daquele ser, abraçando, rindo, brigando, chorando, irritando, fazendo travessura, tudo isso deixa-nos sensíveis a lembranças e a um sentimento bonito de saudade.
Hoje, me sinto assim. Ontem fez um mês que o meu amado avô foi para o plano espiritual cuidar de nós, o que sempre fez aqui na sua jornada encarnado. E a saudade que eu tenho das brincadeiras, das risadas, do olhar, do carinho, das perguntas, das partidas de damas, das histórias, enfim, de tudo o que eu tive o privilégio imenso de viver com ele, é imensa.
Chega a doer em alguns momentos.
Mas amo muito esse ser para que eu queira prendê-lo. Sei como funciona a vida e como tem de ser para todos nós. É apenas uma saudade de alguém lindo. E que cumpriu o seu papel aqui.
E, quando a gente é pequeno, quando viramos adolescentes e depois adultos, achamos que os avós nos amam. E é verdade, eles nos amam.
Mas depois que meu filho nasceu, eu pude constatar verdadeiramente o tamanho desse amor. O olhar do meu avô transbordava esse amor quando eu chegava lá, quando ele tinha o bisneto no colo. E quando eu puxo na memória os outros vários momentos que passamos aqui, vejo o tamanho do seu amor, do seu carinho, do seu cuidado. Mesmos nas broncas.
E esse amor estará pra sempre em meu coração, sempre. E as lembranças vão surgir de uma maneira saudável inúmeras vezes pra que eu me lembre do seu amor, do seu carinho e de como devo eu amar os menus entes queridos. Como devo cuidar e como devo proceder pra ser uma pessoa de bem.
Ensinamentos eternos. Como o seu amor. Como o meu amor.
Obrigado vô. Te amo!
Sempre.
