domingo, 27 de fevereiro de 2011

Sonho que se sonha só.


A alma humana é alimentada por sonhos. Sem eles, ficamos à deriva e passamos a achar bom tudo o que nos oferecem, do luxo ao lixo, sem nos importar com nossas verdadeiras vontades e necessidades.

É um risco enorme não sonhar. Sem sonhos, passamos pela vida sem acontecer. Não teremos histórias de conquistas as quais queríamos. Teremos apenas referências de acontecimentos que não dependeram de nós. Seremos flores que nunca desabrocharam, passarinhos que nunca voaram.

Como se diz por ai, para quem não tem um objetivo definido qualquer lugar está bom. Basta viver, deixar que o dia a dia tome conta de nossas vidas. Se cair, levanto. Mas poderia continuar caído, afinal, não tenho sonhos mesmo!

Por isso, volto a sonhar, a ter expectativas, perspectivas, momentos geniais. Volto a construir minha história. Como vou deixá-la, não sei, mas sei que será verdadeira e minha.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Na idade da pedra.





E Deus disse: faça-se a luz...

E logo em seguida criou os professores. E tudo para que a humanidade pudesse caminhar com a certeza de que o conhecimento seria perpetuado sobre a face da Terra. E assim, definitivamente o é. E por muitos anos, e por que não dizer séculos ou milênios, esse ser teve um papel importantíssimo e divino. 
Muitas vezes, a própria história nos conta, foi motivo de riqueza e prestígio. Mas os tempos mudam. E o conhecimento passou a ser perpetuado através dos livros, nas grandes bibliotecas, nos grandes centros de estudo e universidades. Ainda hoje temos o deus Google ou a wikipedia que perpetuam ainda mais os conhecimentos.
Mas uma coisa, nesse passar de tempo, não mudou. É a figura do mestre, do professor. Aquele ser sábio que sempre tem um jeitinho especial de compartilhar o seu conhecimento; que sabe falar para aqueles que sabem e os que precisam aprender. Que procuram inúmeras alternativas e estratégias para explicar a mesma coisa a diferentes necessidades.
Mas é preciso, para que essa profissão continue existindo, que os professores passem a ser valorizados pela sua contribuição para a sociedade. E mais, os professores precisam se respeitar como classe pensante que sabe a necessidade do diálogo para resolver questões simples ou complicadas.
Já nos dizia Paulo Freire, “(…) O preparo científico do professor ou da professora deve coincidir com sua retidão ética. É uma lástima qualquer descompasso entre aquela e esta. Formação científica, correção ética, respeito aos outros, coerência, capacidade de viver e aprender com o diferente, não permitir que nosso mal-estar pessoal ou a antipatia com relação ao outro nos façam acusá-lo do que não fez são obrigações a cujo cumprimento devemos humilde mas perseverantemente nos dedicar.
E não só interessante mas profundamente importante que os estudantes percebam as diferenças de compreensão dos fatos; as posições às vezes antagônicas entre professores na apreciação dos problemas e no equacionamento de soluções. Mas é fundamental que percebam o respeito e a lealdade com que um professor analisa e critica a postura dos outros.”
Esse trecho, extraido do livro Pedagogia da Autonomia, nos mostra o quanto alguns professionais excluem-se da ética que deveriam ter para trabalhar com educação. Vivemos em uma sociedade que vê a tudo e a todos e, por mais que seja doloroso para alguns, sabemos tudo o que acontece.
Sabemos em tempo real das guerras, porque não saberíamos de outras tantas coisas ruins que o homem sem caráter criou e cria a todo o momento? E tudo justificado, mesmo que não tenha justificativa. O importante é imaginar que tapeia a tudo e a todos, num descaso visível a respeito da educação. 
E educação aprendemos todos os dias e em todos os lugares. Seja no momento de acordar, aprendendo a escovar os dentes, ou no momento de ir á escola, aprendendo que não se deve andar com o carro em cima da calçada, e sim, na rua.
E por ai vai...